
A “Aldeia global” de McLuhan tem vindo a consolidar-se. A sua realidade mais actual é a Internet que em segundos e tempo real põe em comunicação cidadãos de todos os continentes latitudes e longitudes.
As novas tecnologias fizeram da comunicação o imperativo da modernidade ou seja um contributo para a Ciência do futuro. As fronteiras territoriais diluíram-se e o Homem tornou-se cada vez mais um ser Universal e Planetário.
No entanto, urge manter as diferenças. O risco da standardização é crescente e pode uniformizar-nos de tal forma que deixemos de distinguir a nossa diversidade insubstituível.
Por outro lado tornou-nos consumistas automáticos. Basta olharmos como o mundo mudou nos últimos anos...
Este desenvolvimento especulativo, sem regulação, ao serviço das multinacionais e do grande capital, levou-nos a uma sociedade desigual, que está a afundar-nos numa profunda crise.
O Homem sem emprego, sem sinais de futuro, sem esperança torna-se desesperado. O perigo da rebelião e do motim, pode sacudir-nos.
De súbito, o momento da ansiedade. O homem face às suas memorias. O homem perante o desafio do quotidiano. A luta, a sobrevivência. A frontalidade da verdade. Diante dos enigmas, perdido num jogo de espelhos que o distancia de si e da sua capacidade de inovar.
Importa que a resistência vá nascendo e crescendo. Que se lute contra os “Grandes interesses instalados” e construa um mundo humanizado onde todos temos o direito a uma sobrevivência digna.
Está em causa a Paz e a sobrevivência da Humanidade, a entre-ajuda entre povos, a nossa Civilização.
Começa a despontar um novo sentido de descoberta. Trata-se de desafios para os pioneiros do século XXI. Tem de soprar um vento de Democracia total para abrirmos colectivamente o livro da nossa existência até encontrarmos uma melhor explicação para a palavra LIBERDADE.
José Luís Teixeira
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