quinta-feira, 9 de abril de 2009

Henri Rousseau




Fiel expositor nos Salões dos Artistas Independentes, depois Salão de Outono, Henri Rousseau viveu enraizado na problemática dos últimos anos do séc. XIX (academismo, exotismo...) e se a sua obra foi, de imediato, reconhecida pelos artistas de vanguarda, não deixou de permanecer inclassificável e de reflectir muitas interrogações próprias do século seguinte.

Enquanto o seu contemporâneo Paul Gauguin se exilou em Tahiti para criar a sua obra, Rousseau passeou-se no Jardin des Plantes, no Musée d’Histoire Naturelle, no Jardin d’Acclimatation, tudo em Paris, mergulhou na imaginária popular, nos álbuns e descrições de viagens, em fotografias, postais ilustrados, para se inspirar nas suas selvas de vegetação sumptuosa, nos teatros de combates de animais selvagens ou visões de sonhos à luz da lua e com isso alimentou a lenda que Apollinaire também ajudou a criar com a sua Ode datada de 1908 do que o pintor viu no México... Ora, as florestas virgens que Rousseau passou à tela não são mais do que aspectos do jardins botânico e zoológico de Paris e dos seus sonhos de infância repletos de aventuras fantásticas.

Sem comentários:

Enviar um comentário